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  • #Ficadica: Conhecendo um pouco mais do vírus HIV

    O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é um retrovírus, um tipo de vírus que, como muitos outros, armazena suas informações genéticas como RNA e não como DNA (a maioria dos outros seres vivos usa DNA). As infecções por HIV podem ser causadas por um ou mais retrovírus, HIV-1 ou HIV-2. O HIV-1 causa a maioria das infecções por HIV no mundo todo, mas o HIV-2 causa muitas infecções pelo HIV na África Ocidental.

    O HIV destrói progressivamente certos glóbulos brancos do sangue chamados linfócitos CD4+. Os linfócitos ajudam a defender o corpo contra células estranhas, organismos infecciosos e câncer. Assim, quando o HIV destrói os linfócitos CD4+, as pessoas ficam vulneráveis ao ataque por muitos outros organismos infecciosos. Muitas das complicações da infecção por HIV, incluindo a morte, são geralmente resultado de outras infecções e não da infecção por HIV diretamente.

     

    A AIDS é forma mais grave de infecção por HIV. A infecção por HIV é considerada AIDS quando desenvolve pelo menos uma doença como complicação séria ou o número (contagem) de linfócitos CD4+ decresce substancialmente. A AIDS é diagnosticada quando pessoas que foram infectadas pelo HIV desenvolvem certas doenças. Essas doenças, chamadas doenças definidoras de AIDS, incluem:

     

    • Infecções sérias que ocorrem principalmente em pessoas com o sistema imunológico debilitado (chamadas infecções oportunistas), incluindo infecções fúngicas e infecções por herpes simples graves
    • Certos tipos de câncer, como câncer cervical invasivo, sarcoma de Kaposi e certos linfomas
    • Disfunção do sistema nervoso
    • Uma perda de peso substancial decorrente de infecção por HIV (consumição por AIDS)

     

    A transmissão do HIV requer contato com líquidos corporais que contenham o vírus ou células infectadas com o vírus. O HIV pode surgir praticamente em qualquer líquido corporal, mas a sua transmissão ocorre sobretudo através do sangue, do sêmen, dos fluidos vaginais e do leite materno. Embora as lágrimas, a urina e a saliva possam conter baixas concentrações de HIV, a transmissão por estes líquidos é extremamente rara, se ocorrer.

     

    O HIV não se transmite pelo contato casual (como toque, segurar a pessoa ou por beijo seco), nem por contato de perto e não sexual no trabalho, na escola ou em casa.

     

    O HIV é geralmente transmitido das seguintes formas:

     

    • Por contato sexual com uma pessoa infectada
    • Injeção de sangue contaminado, como pode ocorrer quando agulhas são compartilhadas ou um profissional de saúde é acidentalmente picado com uma agulha contaminada por HIV
    • Por transmissão de uma mãe infectada para o seu filho, quer seja antes, durante ou depois do parto através do leite materno.
    • Procedimentos médicos, como transfusão de sangue que contenha HIV, procedimentos realizados com instrumentos inadequadamente esterilizados ou transplante de um órgão ou de tecidos infectados

     

    O HIV tem mais probabilidade de ser transmitido se a pele ou uma membrana mucosa for lacerada ou danificada, ainda que minimamente.

     

    Quando inicialmente infectadas, muitas pessoas não têm sintomas observáveis, mas dentro de uma a quatro semanas podem surgir febre, erupções cutâneas, dor de garganta, linfonodos inchados, cansaço e uma série de sintomas menos comuns em algumas pessoas. Os sintomas de infecção inicial (primária) por HIV duram geralmente de três a catorze dias. Algumas pessoas perdem peso progressivamente e têm febre baixa e diarreia.

    O diagnóstico precoce de infecção por HIV é importante, pois possibilita o tratamento precoce. O tratamento permite às pessoas infectadas viverem mais, serem mais saudáveis e ficarem menos propensas a transmitir o HIV para outras pessoas. A AIDS é diagnosticada quando o número de CD4 cai abaixo de 200 células por microlitro de sangue ou quando ocorre caquexia extrema ou se desenvolvem certas infecções oportunistas sérias ou câncer.

     

    Atualmente, não há nenhuma vacina eficaz contra o HIV para prevenir a infecção por HIV ou reduzir a progressão da AIDS em pessoas que já estejam infectadas. Entretanto, tratar pessoas que têm infecção por HIV reduz o risco de elas transmitirem a infecção para outras pessoas.

    O tratamento não consegue eliminar o vírus do organismo, embora o nível de HIV muitas vezes diminua tanto que não é possível detectá-lo no sangue ou em outros líquidos ou tecidos. Os objetivos do tratamento são:

     

    • Reduzir o HIV a um nível indetectável
    • Restaurar a contagem de CD4 ao normal

     

    Se o tratamento parar, o nível de HIV aumenta e a contagem de CD4 começa a cair. Portanto, as pessoas precisam tomar medicamentos antirretrovirais por toda a vida.

    Tomar os medicamentos conforme as instruções pelo resto da vida requerem muito empenho. Algumas pessoas pulam doses ou param de tomar os medicamentos por um tempo (chamado férias de medicamentos). Essas práticas são perigosas, pois permitem ao HIV desenvolver resistência aos remédios

    Em geral, a infecção por HIV não causa a morte diretamente. Em vez disso, a infecção por HIV resulta em perda de peso substancial (caquexia), em infecções oportunistas, cânceres e outros distúrbios que, por sua vez, levam à morte. A cura era considerada impossível, embora a pesquisa intensiva sobre como eliminar todo o HIV latente de pessoas infectadas prossiga.